O intelectual pode viver um vida envolta por bons argumentos e erudita, mas com pouca alegria e tranquilidade. É por isso que se diferencia o sábio do intelectual. O primeiro sabe viver, o segundo ainda não. Possuir informações, saber argumentar, ter raciocínio apurado não necessariamente torna alguém sábio. Nesse sentido, a sabedoria visada pela filosofia requer algo diferente do mero bom desempenho intelectual ou argumentativo, como podemos ver abaixo: (...) [Para Epicteto] o problema é quando se acredita que o progresso do filósofo acontece apenas por meio do aperfeiçoamento argumentativo ou pela capacidade de analisar discursos ou textos. É levando isso em consideração que Epicteto travou o seguinte diálogo com alguém que lhe ouvia: Então me mostra aí o teu progresso. Do mesmo modo que, se eu dissesse a um atleta “Mostra-me tuas espáduas e teus braços”, e ele dissesse “Olha meus halteres”. Tu olharás teus halteres. Eu desejo ver o efeito dos halteres. – Toma o tratado S...