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Mostrando postagens de julho, 2020

Indiferença e sociabilidade natural no estoicismo

"A indiferença estoica é profundamente diferente da indiferença pirroniana (ceticismo de Pirro). Para o pirrônico, tudo é indiferente porque não se pode saber se uma coisa é boa ou má. Não há aqui nada que não seja indiferente, é a própria indiferença. Para o estoico, há uma única coisa que não é indiferente: a intenção moral, que se põe como boa ou má e leva o homem a modificar-se a si mesmo e à sua atitude com relação ao mundo. E indiferença consiste em não fazer diferença, mas em querer, amar mesmo, de maneira igual, tudo o que é determinado pelo destino. Mas pode-se perguntar como o estoico orienta-se na vida, se tudo é indiferente exceto a intenção moral. Deve-se casar, exercer uma atividade política ou um oficio, servir à pátria? Aqui aparece uma parte essencial da doutrina estoica: a teoria dos "deveres" (não a do dever em geral) ou das "ações apropriadas". Essa teoria vai permitir à vontade boa econtrar matéria de exercício, para ser guiada por um